Neste
domingo, fiz uso do dia e da boa companhia e fui visitar, no MON, a exposição
de Escher (a qual já homenageara com um post no Face, há tempos). Achei
interessante experimentar um certo olhar de caleidoscópio, que liberta o objeto
de sua imobilidade e nos apresenta perspectivas inusitadas, conforme o ângulo
de onde se olha.
Aproveitei
e entrei na mostra do escritor paranaensíssimo Paulo Leminski, de onde saí inspirada,
com meia dúzia de novos poemas pululando. Naquela atmosfera brumosa da
exposição, marcada por grafitagem, fotos, colagens, vermelhos e sombras, para
mim, não eram simplesmente os poemas que estavam no local, rabiscados nos
murais: era como se o próprio poeta estivesse ali, esfregado na parede,
eviscerado e desnudo.
Penso
na facilidade com que as impressões me tocam, por mais díspares que sejam, e
constato que meu termômetro é longo. Sou capaz de me comover com a mais tênue
seda do espírito e, em outros casos... bem, eu e o Sr. Christian Gray faríamos
uma festa! Assim, logo me chegou aquela sensação de fascínio quase orgástico
que, no meu caso, precede a criação. Dessa influência, resultaram vários
poemas, como o que apresento abaixo, embora sem a pompa e a circunstância de uma
exposição...
In Versus
É sempre
a outra face
Da mesma
moeda:
Cara
ou coroa
só depende
da queda...
Deixe-me
contar uma coisa
(ah,
adoro sua cara de pasmo):
O
ódio ainda é o amor,
Com
outro tipo de entusiasmo
Então,
nunca mais esqueça:
Uma
coisa não deixa de ser,
Só por
estar de ponta cabeça...
Vem
cá, me beija na boca
E larga
logo dessa besteira!
O
ódio é apenas o amor
que
resolveu plantar bananeira
(Marcia Pfleger - 05/05/2013)
(Marcia Pfleger - 05/05/2013)
Você escreve bem Heim? Lindooooooooooooooooooooo, inspirador. Aproveito este seu Dom maravilhoso e use-o...bjs
ResponderExcluirÓtimo Márcia, beijoca!
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