domingo, 24 de novembro de 2013




Defunto

Sem grinalda
E sem lira
Jaz na cova o olhar...
E o que era safira
Já parou de brilhar

De onde vinha
o que te aquecia?
O que te aquecia a
 carne, sangue, artérias...
Gozando agora
Irrevogáveis férias

Mas, e tu? Para onde?
Se o habitar desse invólucro
que tomo assunto
transita separado
do defunto?


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